terça-feira, 26 de junho de 2007

A simplicidade de um gesto...


...enche-nos de uma felicidade imensa. Uma emoção contida, ou talvez não.


A foto é parte de um desenho elaborado em 3 folhas, cuidadosamente juntas com fita cola. Tem aviões, carros, pessoas e uma taça de primeiro lugar. Foi colocado num sítio onde sabiam que eu ia. E mais não digo.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

"Eu ainda consigo saltar 1,41"


De regresso… volto com a cabeça pouco arrumada. Ou estará bem arrumada?! Adiante. Depois de uma queima, de umas mini férias e mais uns quantos acontecimentos mais ou menos relevantes, eis-me com um título que não é meu. Dri, Adriana ou Vitória – nomes fictícios - (conforme os dias) volta e meia lembrava-me que tinha um blog, da forma carinhosa com que me costuma prendar: “já actualizavas a merda do blog!” ou “já botavas mais uma posta”. Na passada semana numa dessas evocações, sugeriu dois títulos. “Como o caruncho se apaixonou por mim” e “eu ainda consigo saltar 1,41” e eu fiquei feliz. Feliz, por ter pessoas amigas que gostam de me lembrar do quanto estou bem.
Hoje no fim do dia, pensei em caminhar um pouco para sorver vitamina D, num espaço muito agradável que a Sô Dona Damasceno proporcionou aos munícipes. Peguei no carro decidida a fazê-lo. Chegada ao local, recordo-me do jornal que havia comprado e ainda não tinha tido tempo de ler. Mudança de planos. Avisto um banco ao sol, virado para o rio, vazio… mas por pouco tempo. Recordo o que haveria de ser o título deste post. Cláudia Gameiro às 7h da tarde, sentada num banco a ler o jornal. Cenário decadente. Recordei os reformados.
Enquanto desfolhava o jornal, com a ajuda do vento, tentava perceber o porquê da tristeza que me invadia. Que me invade. Recordei uns versos de António Gedeão (se não estou em erro) que alguém me enviou via msn, onde se questionava o facto de viver a “vida” intensamente e se valeria a pena viver de outra forma. A pessoa do outro lado do pc, não imagina o tempo que fiquei a ler e a pensar naquela meia dúzia de palavras que diziam tanto. Acima de tudo, a outra pessoa não imagina o quão oportuno foi o momento.
Recordei ainda Hermínio, que só agora conheceu o mar e consegue ser feliz com o tão pouco que tem. Sinto-me mesquinha. Mas sei que não sou mesquinha sozinha. Aparentemente tenho tudo. Talvez na verdade tenha muito pouco, ou mesmo nada. Mas aparentemente tenho. E sinto-me triste. Sinto-me triste por me sentir triste, quando me deveria sentir feliz. Sinto-me triste sem saber bem porquê. Ou talvez até saiba. É uma situação muito desconfortável. Um pouco difícil de colocar em palavras.
Por natureza não gosto de coisas muito lamechas e hoje, estou a fazer um post assim. Sinto necessidade de o fazer, mas não gosto. Viva o contra-senso! Talvez seja do caruncho…
Para terminar, antes que engrandeça o contra-senso, poderia fazê-lo da mesma forma que comecei este blog à uns meses atrás, “E porque hoje é segunda-feira, começo com quarto minguante”, mas não. Apesar do quarto minguante, termino com uns versos que agora tenho o prazer de poder ler, sempre que me apetecer. Obrigado Nês e Jorge. Adorei!

“…as palavras estão gastas.”