quinta-feira, 27 de março de 2008

Pão com chouriço

Tento concentrar-me no trabalho, mas só consigo pensar no pão com chouriço do Ulmar. Tento resistir, mas qual cão do Pavlov, não conseguia parar de salivar. Deixo o tasco por momentos, meto a quinta e sigo recto em passo certo. Alguém apita repetidamente e só olho porque ouço: “Tóóóóó!!!” Levanto o braço efusivamente, a responder ao braço que alegremente saía do carro a acenar. Gargalhei sozinha. Alguém na rua a chamar Tó a uma rapariga e ela a responder de forma tão efusiva. Afinal Tó, não deixa de ser nome de gajo…
Nisto chego ao supermercado. Corro a vitrine com os olhos e nada… Volto a procurar! NADA!

- “Boa tarde! Tem pão com chouriço?”
- “Não, já acabou…”

"E agora?! O que é que eu faço com tanta saliva?" , pensei.
Inconformada, penso na praia. Se o S. Pedro não for para o Sobral Cid entretanto, a época balnear está por aí entretanto. Há que trabalhar para a praia! Continuar, digo... porque no fim de semana perdi o conto aos pastéis de nata, salames, chocolates, croissant's, bolas de Berlim que enfardei - (ou será Berlinde? Hei-de morrer com esta dúvida, esclarecida N vezes). Sem contar com os minuis, cajus, pubides... (MAS não toquei nos tramoços! Acho...)

-“Então se não há, levo aquele folhado de salsicha…Tem mostarda, não tem?!”
- “Sim, sim!”

sábado, 22 de março de 2008

Pelo sonho é que vamos

"Oh mano, andar assim é que é fixe, não é?"

"Podemos voltar amanhã, Tó?"

"Oh Tó, quando for para a escola, vou ter de fazer uma composição sobre as férias. Vou falar deste dia!"


Foi uma tarde diferente. Momentos muito especiais. Eu não esquecerei e eles também não. Tenho a certeza. Eles deliraram e eu... também!

Por me faltarem as palavras, para descrever o quão bom foi, digo apenas que realizei o sonho de rebolar naqueles campos cheios de flores, que tantas vezes "miquei"...

"Toma Tó, são para ti! Sabias que as papoilas fazem droga?" - Tão pequeno e já tão informado. Quero acreditar que não me deu as papoilas, por delas se "fazer" droga...

sexta-feira, 14 de março de 2008

Coisinhas

Sexta-feira, com sol, temperatura amena. Boa disposição portanto.

Depois de dar uma vista de olhos “indignada” nas alterações do novo acordo ortográfico, sigo até ao sítio do costume para tomar o café da manhã. Numa mesa, dois senhores do grupo de reformados que se costumam juntar todas as manhãs para discutir as notícias dos jornais, ou simplesmente “jogar conversa fora”. Noutra o dono do café com uma senhora.

Antes de me sentar, “abocanho” os jornais do dia, para ver na diagonal. Chega o café, sem que o tenha pedido. Despacho o Diário de Leiria e prossigo n’A Bola, quando passam por mim os dois senhores da mesa do fundo, a caminho da porta. Nisto um deles, com cara de avozinho volta para trás e interpela-me: “Desculpe… a Sra. mede quanto?”

Sorri, pensando que possivelmente teriam estado a tentar acertar na minha altura.

1.76”, respondi. “Aaaah” bocejou o senhor com satisfação. “Afinal não é mais alta que eu! Eu meço 1.81!”, disse orgulhoso. “É muito alta!”, continuou, enquanto se afastava para a porta. “Hoje estou um bocadito maior… trouxe um tacãozito”, gracejei ainda a rir.

Findo o café, a Joanita mete à socapa atrás do “Ice Tea dos guardanapos” dois chocolates e dois biscoitos, sem que o patrão repare. “Toma! A ti trato-te bem…” bocejou entre dentes, enquanto partilhávamos um sorriso cúmplice.

Escondo logo um chocolate na boca, enquanto meto os biscoitos no bolso. O outro chocolate iria ser escondido de seguida… a caminho do banco.

Como o tempo no banco já ia longo, saio apressada para voltar ao escritório. Na porta cruzo-me com a senhora que me ensinou que o alfabeto tinha 23 e não 26 letras.

“Professora Silvina!”, disse enquanto lhe tocava para se virar para trás. De olhos arregalados e com um sorriso do tamanho do meu, responde prontamente: “Olá Cláudia!!! Estás boa?” Cumprimentamo-nos apressadamente, porque o tempo não dava para mais. “Sim! E consigo, está tudo bem?”, continuei. Ainda de olhos bem abertos e sorriso rasgado responde-me “Sim!”. “Gostei muito de a ver, mas agora tenho de ir, com muita pena minha…”continuei.

Já a sair, ainda a segurar a porta como que a prolongar aquele encontro fugaz, ouço “estás muito bonita filha!”. Agradeci, felicíssima por ter reencontrado a minha professora primária, que após tantos anos continua a lembrar-se de mim. Do meu nome… Aquele “filha” foi tão familiar, que me reconfortou. E o sorriso franco, continua inalterado.

Uma manhã tão rica em coisinhas “pequenas”.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Desespero


A minha chiqua maric&na vai casar entrementes. Vai daí que está a preparar uma apresentação para a boda, com fotos e o camandro.
"Não tens por aí umas fotos da queima?", perguntou-me ela.

Lá fui eu procurar nos cd's uma fotos "jeitosinhas"... A dada altura, abro um cd e eis que bato com os olhos num ficheiro com um nome sugestivo. Gargalhei!

Já não me lembrava do quão penoso foi acabar o relatório de estágio. Os stress's. Os artigos. Os livros. As referências bibliográficas. O relatório que não acompanhava o ritmo do relógio. O pc que bloqueava. A impressora que não imprimia. A bomba que parecia ter rebentado no meu escritório...
A imagem documenta o stress da altura, depois de um grande susto que o meu pc resolveu dar, onde julguei ter perdido as quase 200 páginas feitas.


P.S. Juro que o relatório começou com nome normal - Relatório de estágio.

P.S.2 O relatório da minha amiga Celeste, acabou com um nome semelhante ao meu. Na mesma linha... tal já era o meu/nosso desespero. Mas não vou revelar. Deixo ao critério dela.

sábado, 1 de março de 2008

Hoje fiz o gostinho ao pé!

Gosto muito de conduzir. Gosto muito da minha caminete. Mas se há coisa que me dá um prazer brutal é agarrar no "trambolho grande" e meter-lhe a 6ª. Aquele recuar de braço para a meter, com o pé direito a descer quase simultaneamente é qualquer coisa de fantástico. Com solinho então... saiam da frente!
Muito bom, meeeeeeesmo!!!!